As duas imagens são do mesmo local do arroio Pelotas, a imagem superior é do ano de 2006 e já comprova a existência da estrada ilegal. A imagem inferior é de 2013, quando a estrada está mas extensa e definida.
G1 - /07/2013
22h29 - Atualizado em 01/07/2013 22h29
Mesmo proibida, mineradora faz extração de areia de arroio no RS
Estrada foi construída às margens do Arroio
Pelotas, na Região Sul.
Proprietário descumpriu auto de infração da Fepam e responderá por crime.
Antonio PeixotoDa RBS TV
Estrada ilegal foi construída na margem do Arroio Pelotas, no Sul do RS
(Foto: Antonio Peixoto/ RBS TV)
Uma estrada de cerca de um quilômetro construída
sobre o Arroio Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do
Sul, foi fechada
por fiscais da Fundação Estadual de Proteção Ambiental. A empresa de mineração
responsável pela obra foi interditada e responderá na justiça por crime
ambiental.
As máquinas só pararam com a chegada dos fiscais da
Fepam, da Polícia Civil e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar. Autuada na
quarta-feira (26), a empresa estava proibida de fazer a extração de areia no
Arroio Pelotas. Mas o proprietário descumpriu o auto de infração da Fepam que
apontava aterramento irregular da área explorada.
A estrada foi construída dentro do arroio, junto a
uma das margens. O caminho era usado por caçambas e retroescavadeiras que
retiravam areia do arroio nas áreas de difícil acesso. Segundo a Fepam, até o
material usado prejudica o meio-ambiente. O impacto ambiental é considerado de
grandes proporções.
"O impacto na natureza vai envolver toda a
vegetação da margem direita porque a medida que se retira a terra, se retira a
umidade da vegetação. Se isso permanecer por muito tempo, vai extinguir essa
vegetação ciliar. Nós temos aqui um quilômetro de degradação", explica o
chefe do setor de mineração da Fepam, Renato Zucchetti.
Desde 1979 com a propriedade, Jaime Silveira, dono
da mineradora, diz que mantém as licenças em dia há 34 anos. "Nunca
trabalhei sem estar licenciado. Isto não é estrada. É areia que eu tirei para
levar para o ponto de lavagem. Para mim sempre foi permitida", afirma o
proprietário.
Todo o maquinário foi apreendido. A empresa será
multada e terá de elaborar um Plano de Recuperação Ambiental da área. As
irregularidades serão investigadas pelo Ministério Público e analisadas pela
Justiça.
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As imagens demostram que desde 2006 o crime ambiental era cometido, com severas consequências ambientais. O assoreamento do leito do arroio pode ser reduzidopela extração de areia realizada conforme normas técnicas e legais, em locais indicados pelos órgãos ambientais competentes. Se deixarmos tudo ao gosto dos empresários acontecerá como já aconteceu.
É difícil entender porque a Fepam não agiu antes, parece que agora foi motivada pelos problemas que verificados no Jacuí, perto da Capital. Em nossa região, a força de algumas corporações econômicas consegue embaçar o olhar da fiscalização ambiental, como ocorreu durante a realização de confinamento de milhares de cabeças de gado em plena zona urbana de Pelotas.
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