Na frente do Seminário encontra-se uma placa de um projeto de "paisagismo" que pretende, com a participação de três associados ( o Seminário, uma empresa de planejamento e uma serraria),destruir a comunidade vegetal existente para construir canteiros de flores. Para dar um tom ecológico ao reprovável empreendimento, pretendem plantar num canto umas mudas de espécies nativas.
A área verde do Seminário São Francisco de Paula está integrada à paisagem de Pelotas desde muito antes
da fundação deste instituto, em 1939, fazendo parte do imaginário urbano da cidade. Seus eucaliptos, talvez os últimos remanescentes da Tablada de Pelotas ( área pública de onde se originou o terreno do Seminário), não podem ser tratados simplesmente como indivíduos de uma espécie vegetal exótica, em consequência passíveis de impiedoso corte. São parte de nossa história e da paisagem urbana de Pelotas. Tais árvores, juntamente como as acácias que ali também crescem, oportunizaram a formação de uma rica e variada comunidade da flora e fauna nativa, que hoje encanta e sensibiliza a quem a conhece.
Além disso, a vegetação existente constitui um corredor ecológico que liga a avenida Dom Joaquim às áreas verdes da Associação Rural e do Hipódromo da Tablada, propiciando as trocas de animais silvestres e de espécies vegetais entre essas áreas.
Esperamos, com fé, que não vingará a tentação que hoje aflige os filhos de Deus. VADE RETRO!!
Plantas nativas associadas às árvores antigas (já marcadas para o corte?) |
Frente para a avenida Dom Joaquim |
Flores nativas |
Árvores propiciaram a formação de uma comunidade diversificada |
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Local forma um corredor ecológico entre áreas verdes e a avenida |
Árvore marcada (porquê?) |
Local abriga muitos ninhos |
Serraria é sócia do projeto |