segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Refúgio da natureza na zona urbana de Pelotas corre grande perigo



Na frente  do Seminário encontra-se uma placa de um projeto de "paisagismo" que pretende, com a participação de três associados ( o Seminário, uma empresa de planejamento e uma serraria),destruir a comunidade vegetal existente para construir canteiros de flores. Para dar um tom ecológico ao reprovável empreendimento, pretendem plantar num canto umas mudas  de espécies nativas.

A área verde do Seminário São Francisco de Paula está integrada à paisagem de Pelotas desde muito antes
da fundação deste instituto, em 1939, fazendo parte do imaginário urbano da cidade. Seus eucaliptos, talvez os últimos remanescentes da Tablada de Pelotas ( área pública de onde se originou o terreno do Seminário), não podem ser tratados simplesmente como indivíduos de uma espécie vegetal exótica, em consequência passíveis de impiedoso corte. São parte de nossa história e da paisagem urbana de Pelotas.  Tais árvores, juntamente como as acácias que ali também crescem, oportunizaram a formação de uma rica e variada comunidade da flora e fauna nativa, que hoje encanta e sensibiliza a quem a conhece.

Além disso, a vegetação existente constitui um corredor ecológico que liga a avenida Dom Joaquim às áreas verdes da Associação Rural e do Hipódromo da Tablada, propiciando as trocas de animais silvestres e de espécies vegetais entre essas áreas.

Esperamos, com fé, que não vingará a tentação que hoje aflige os filhos de Deus. VADE RETRO!!



Plantas nativas associadas às árvores antigas (já marcadas para o corte?)

Frente para a avenida Dom Joaquim

Flores nativas

Árvores propiciaram a formação de uma comunidade diversificada

Local forma um corredor ecológico entre áreas verdes e a avenida

Árvore marcada (porquê?)


Local abriga muitos ninhos


Serraria é sócia do projeto